Dados do Player:
Nome: Luisa o/
Idade: 14
E-mail: luisamesquita1995@yahoo.com.br
Comunicadores [MSN, Y!M, etc.]:
whaat.the.hell@hotmail.com [MSN]
eunemtenhoym [Y!M]
Possui outros personagens no board? Se sim, cite-os e às suas respectivas espécies. Yay! Percy Jackson [meio-sangue], Zeus e Athena [deuses]
Dados do Personagem:
Nome: Athilya Halias Abnara
Data de nascimento: 27/01/1993
Origem: Kythnos, Grécia.
Filiação (pai/mãe olimpiano): Por enquanto, indeterminada. Mas durante a trama descobre-se que é filha de Poseidon.
Artista utilizado para a imagem do personagem: Kristen Stewart
Características físicas: morena, de olhos verdes. Pálida e esguia. Desajeitada demais. Tem transtorno de déficit de atenção, mas sua dislexia é um pouco "acentuada", já que ela mora na Grécia e aprende grego.
Características psicológicas: leal, corajosa, brincalhona, sarcástica. Extremamente desastrada, mas com uma incrível auto-estima. É meio fechada com quem não conhece, mas fala demais com amigos e família. Confiante, rebelde e carismática.
Biografia:
Minha visão está embaçada.
De novo. Deus, eu não consigo nem me controlar! Enxugo a lágrima rudemente no canto do meu olho com o punho, enfiando mais um jeans na mochila de náilon superlotada.
Ouço um soluço reprimido atrás de mim e cerro os punhos em dor, ao reconhecê-lo.
Minha mãe.
Ela está tão agoniada quanto eu com essa inesperada partida, eu sei. Pior, posso sentir.
Seja forte, Lya, minha consciência grita, e eu desejei nunca ter nascido.
Ou melhor: desejei que minha mãe nunca conhecesse meu pai, quem quer que ele seja.
Porque eu, de todo o coração, não pedi para ser uma meio-sangue. É perigoso. Amedrontador.
Posso tomar como exemplo a situação que estou vivendo agora. Fugindo de um perigo mortal.
Minha vontade é de gritar de frustração e socar a parede. Olho abertamente para minha mãe, que está escondendo as lágrimas atrás dos cabelos loiros bem tratados, socando com violência alguma comida e mais umas roupas na mochila de Bernard, que está na cozinha, andando de um lado para o outro, seus cascos (er, Bernard é um sátiro) batendo nos azulejos.
Dada está que nem ele, dividida entre lançar olhares preocupados para mim e furar o chão, de tanto andar de um lado para o outro.
Olho pela janela do meu quarto mais uma vez. A Villa toda fica na rocha, mas se você saltar da janela do meu quarto, cairá diretamente no mar.
Que estava particularmente revolto naquela noite.
Inevitavelmente, me lembro do dia que descobri o que sou. Estava nublado, mas eu não quis nem saber, e fui direto para uma praia escondida que só minha família conhecia, onde eu passei inúmeras tardes brincando com meus muitos primos quando era criança, ralando meus joelhos nas pedras.
Imagine minha surpresa quando eu peguei aquele guri loirinho todo desajeitado da minha classe de grego e inglês (que nós tínhamos que falar fluentemente) lá, as mãos nos bolsos do jeans, me encarando.
E, huh, a conversa que se seguiu não foi exatamente digna de crédito.
Afinal de contas, você ia acreditar se alguém chegasse pra você e começasse com uma história de que os deuses eram reais, e que você era filha de um deles?
Eu fiz o que qualquer outra pessoa faria: o chamei de maluco, e depois saí correndo.
Eu estava magoada, porque o que ele me disse, fazia completamente sentido. O fato de eu possuir dislexia, ADHD, e hiperativa, praticamente confirmava o que eu era.
Obviamente, eu neguei a mim mesma. Mas minha mãe contou que Bernard falava a verdade, e eu meio que surtei.
Tá legal, surtei totalmente.
E agora estou eu, tendo que sair às pressas de casa, sendo perseguida por um monstro qualquer (e que parece ser super perigoso) tendo que ir até um tal de Acampamento Meio-Sangue, nos Estados Unidos.
- Athilya... – minha mãe me chama, por sobre a respiração e eu desvio o olhar das gotas de chuva que caem da minha janela.
Eu nem liguei que ela me chamou pelo nome todo – que eu odeio, apesar de amar o significado. Que não é relevante agora.
- Eu não quero ir.
- Mas nós temos que ir! – Bernard apressa, olhando para fora apreensivo.
Fico com medo que ele comece a comer os azulejos da cozinha, e olho para minha mãe, me arremessando em seus braços, as lágrimas escorrendo livremente por nossos rostos.
- Cuide-se, querida. – ela disse, e me olhou nos olhos. Mamãe era especial; ela podia ver através da Névoa, temendo cada vez mais por mim. – Me diga quando chegar lá, sim? – me faz prometer, me abraçando forte, e eu lembro de quando era criança, e ficava doente, e mamãe ficava sempre lá, cuidando de mim.
Solucei alto, e minha mãe apertou minha cintura um pouco mais forte.
- Você é especial, Ly. – mamãe sussurrou no meu ouvido, e, pela primeira vez, eu tive a sensação que tudo ia dar certo. Que meu pai – quem quer que seja – iria me proteger.
Ou melhor, eu esperava que isso acontecesse.
- Temos mesmo que ir, Athilya – sussurra meu amigo sátiro, e eu olho para ele, dando um sorriso trêmulo e enxugando umas lágrimas com o punho.
- É Lya, bobão. – digo, para logo em seguida sair correndo de casa, com Bernard ao meu lado e um monstro em nosso encalço.